segunda-feira, 16 de junho de 2008

SEJA COMO UMA PIPOCA

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente: as grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. Milhos de pipoca que não estouram são pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Mas elas não percebem, e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
De repente vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação nunca imaginada: a dor.
Pode ser fogo de fora – perder um amor, um filho, o pai, a mãe, ficar sem emprego ou tornar-se pobre.
Pode ser fogo de dentro – pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimentos cujas causas ignoramos.
Sempre há o recurso de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento vai diminuir, mas diminuirá também a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pipoca, fechadinha dentro daquela panela, cada vez mais e mais quente, pensa que sua hora chegou: “Vou morrer!”
Dentro da sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar um destino diferente para si. Não imagina a transformação para a qual está sendo preparada.
A pipoca não sabe do que é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como outra coisa completamente diferente. Algo que ela nunca havia sonhado ser. Bom, mas ainda temos o “piruá” – aquele milho de pipoca que se recusa a estourar. É como aquela pessoa que insiste em não mudar.
Ela acha que não pode existir nada mais maravilhoso que sua própria maneira de ser. A presunção e o medo são as duras cascas do milho que não estourou. No entanto, o destino dele é triste: será duro pela vida inteira!
Deus é o fogo que amacia nosso coração e tira dele o que há de melhor. Acredite: para extrairmos o melhor de dentro de nós, temos de, assim como a pipoca, passar pelas provas da vida.
Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por algo. Mas, quanto mais quente o fogo, mais rápido a pipoca vai estourar.
Luiz Antonio Gaspareto, revista Ana Maria n°606.

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